São cerca de 40 fotografias, que retratam a íntima relação da comunidade tradicional com o mar, a cultura da produção de moluscos e também o recente incremento da produção com a utilização de técnicas e implementos mais modernos
Santa Catarina é responsável por 95% da produção nacional da maricultura. Atrás apenas de Palhoça e Florianópolis, Bombinhas é a terceira cidade do país que mais produz ostras e mexilhões, com 1274 toneladas produzidas em 2021, segundo relatório do Centro de Desenvolvimento em Aquicultura e Pesca (CEDAP) da Epagri. A importância da atividade para a identidade cultural e para a economia do município foi registrada em uma série de fotos, reunidas no fotolivro Memórias Vivas do Mar: A Maricultura em Bombinhas, que acaba de ser lançado, e tem o objetivo de trazer visibilidade à atividade e aos trabalhadores nela envolvidos.
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O projeto do fotógrafo Álvaro Fiore conta com fotos dele próprio e também de Clarissa Herrig e Esteban Montecinos. A curadoria é assinada por Lucila Horn, coordenadora do Núcleo de Estudos em Fotografia e Arte (NEFA). A documentação inclui fotos aéreas, em terra e subaquáticas, levando o espectador a uma imersão na atividade da maricultura.
São cerca de 40 fotografias, que retratam a íntima relação da comunidade tradicional com o mar, a cultura da produção de moluscos e também o recente incremento da produção com a utilização de técnicas e implementos mais modernos. Apesar de sua relevância sociocultural, no entanto, a atividade, por muitas vezes, é invisibilizada.
“Embora o produto final seja muito consumido e apreciado, o trabalho dos maricultores é invisibilizado e, portanto, desvalorizado”, pondera o fotógrafo Álvaro Fiore.
O livro pode ser conferido na galeria virtual do projeto, que conta com medidas de acessibilidade como a audiodescrição para cegos, acessando o link www.behance.net/memoriasvivasdomar.
Já as edições impressas da obra estarão disponíveis ao público em bibliotecas municipais, escolas, ponto de informações turísticas e repartições públicas.
Alvaro Dante Fiore destaca a importância da vivência com os maricultores e os aprendizados que adquiriu ao longo do projeto.
“O trabalho deles é muito difícil. Eles dependem do clima, do vento, da poluição, das marés vermelhas. Pra mim foi uma grande descoberta e estou bem feliz porque pude aprender muito como as coisas funcionam na maricultura. Espero que o projeto possa levar um pouco dessa consciência para as pessoas, que também não têm essas informações”, conclui.
O fotolivro Memórias Vivas do Mar: A Maricultura em Bombinhas é uma proposta Cultural realizada com recursos da Prefeitura Municipal de Bombinhas, através da Fundação Municipal de Cultura de Bombinhas por meio do Edital Mestre Cantalício Rocha – Edição 2023. O projeto contou também com apoio do Programa Escola do Mar de Bombinhas, vinculado à Secretaria Municipal de Educação, da Associação dos Maricultores de Bombinhas (AMAB) e da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI).
Para abrir a versão digital do livro, clique aqui.