O crescimento acelerado das cidades no Baixo Vale de Itajaí, frequentemente celebrado por seu vigor econômico, traz consigo um desafio silencioso: a ameaça aos ecossistemas costeiros e marinhos, que caracterizam a região. Em meio a esse cenário, o fotolivro Do Rio pro Mar surge como uma proposta artística que alia fotografia e poesia para destacar a urgência da preservação desses ambientes naturais. O lançamento da obra acontecerá na próxima quarta-feira (18), às 19h, no Engenho do Sertão, em Bombinhas.

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O evento promete uma imersão sensorial, com projeção de imagens, leituras poéticas e uma roda de conversa com o professor Marcus Poletti, membros da Associação Garapuvu, da Fundação de Amparo ao Meio Ambiente de Bombinhas (FAMAB), e os artistas responsáveis pelo projeto. O público poderá participar ativamente, ampliando o debate sobre a relação das comunidades locais com os rios e a necessidade de preservar esses corpos d’água.

Com curadoria e edição de Lucila Horn, coordenadora do Núcleo de Estudos em Fotografia e Arte (NEFA), o fotolivro reúne as imagens sensíveis de Clarissa Herrig e Álvaro Fiore. Suas fotografias capturam a intensidade e os delicados detalhes dos ecossistemas costeiros, enquanto os poemas de Ana Valéria Fink adicionam uma dimensão poética à obra, aprofundando o diálogo entre o visual e o emocional. A poesia, ao entrelaçar-se com as imagens, revela as múltiplas camadas da relação das comunidades com os rios, ampliando a reflexão sobre a preservação e o impacto humano nesse equilíbrio.

Do Rio pro Mar vai além de um registro artístico: é um convite à reflexão e à transformação. A obra reforça a conexão entre arte, cultura e meio ambiente, lembrando que a natureza é um elemento fundamental da identidade local. O fotolivro é um projeto viabilizado pela Lei Paulo Gustavo, com recursos do Governo Federal e correalização da Fundação Catarinense de Cultura (FCC). Além da versão física, será lançada uma galeria digital acessível, garantindo o alcance da mensagem também para pessoas com deficiência visual e auditiva. A proposta busca democratizar o acesso à arte e incentivar a ação pela sustentabilidade dos ecossistemas aquáticos.